No dia 17 de abril o mundo comemora o Dia do Malbec, em celebração a uva emblemática da Argentina. A data marca a apresentação de um projeto para a fundação da Quinta Normal, que tinha como objetivo desenvolver a indústria vinícola do país. Aos poucos, os argentinos despontaram como grandes produtores de vinhos, em especial desta uva. Pela importância histórica da data, a instituição Wines of Argentina (WofA) escolheu esse dia para as comemorações do Dia Mundial do Malbec.
A Malbec é a variedade que dá os melhores resultados na Argentina principalmente pela constante qualidade de suas safras, de Salta, a noroeste, ao sul da Patagônia. Luján de Cuyo, uma sub-região de Mendoza, é a primeira DOC (Denominação de Origem) da América. Em relação ao estilo, os malbecs argentinos geralmente possuem aromas que lembram frutas vermelhas e pretas bem desenvolvidas, passando pelas notas florais até chegar aos clássicos aromas de especiarias. Outra característica marcante é a qualidade dos taninos: suaves e macios.
Malbec: origens
Graças a Argentina, a Malbec é uma estrela, mas a origem dessa uva é europeia. Em Cahors, a pouco mais de 100 quilômetros da cidade de Toulouse, sudoeste da França, desde os tempos do Império Romano eram feitos vinhos tintos chamados “de Cahors” com a casta Cot. No século XVIII essa mesma uva foi levada para a região francesa de Bordeaux, onde era cultivada para dar corpo e cor aos tintos mais delicados feitos por ali. Já naquela época ela recebia nomes como Malbeck, Pressac, Noir de Pressac ou ainda Auxerrois.
Depois do estrago que a filoxera (uma praga que ataca os pés das videiras) fez na Europa, em meados do século XIX, sobrou muito pouca Cot para contar a história na França. Alguns anos antes disso acontecer, o agrônomo francês Michel Aimé Pouget tinha levado para a Argentina algumas mudas de videiras, pois havia sido contratado para impulsionar a Quinta Agronômica de Mendoza. A ideia era aumentar a variedade de cepas para elevar a qualidade da indústria vinícola argentina pelas mãos dos imigrantes italianos e franceses. A Malbec estava entre as apostas futuras. Logo a casta mostrou todo potencial nos diferentes terroirs argentinos e começou a produzir vinhos melhores que em seu país de origem. Atualmente a Argentina é o principal produtor de Malbec do mundo.
Abaixo a seleção de seis vinhos para você brindar o #malbecday
Benjamin Nieto Malbec
Apresenta aromas de frutas escuras em compota, leve e fácil de beber.
Emilia Nieto Senetiner Malbec
Possui aroma de ameixa madura, geleia de frutas vermelhas e notas de especiarias. Em boca é seco, com acidez elegante, taninos macios e final longo.
Fran Malbec
Notas de frutas vermelhas e ameixa são os aromas dominantes, juntamente com o toque sutil de baunilha. Possui bom corpo e ótimo equilíbrio.
Nieto Senetiner Malbec
Apresenta aroma de frutas escuras, com notas de baunilha e tostado. Na boca é seco, possui boa acidez e taninos finos. Amadurece em barricas de carvalho francês entre 6 e 8 meses.
Nieto Senetiner Malbec DOC
Apresenta aromas de frutas maduras como ameixa e figo, com notas de baunilha e tabaco. Em boca é um vinho com muita personalidade, boa acidez, encorpado, com final longo e elegante. Amadurece em barricas de carvalho francês por 12 meses e descansa mais 6 meses em adega antes de ser comercializado.
Don Nicanor Malbec
Apresenta aromas de ameixas pretas secas e notas de baunilha. Em boca possui bom corpo, é aveludado, com taninos maduros e excelente persistência. Amadurece por 12 meses em barricas de carvalho francês de segundo uso.