Uma escolha bem pensada

casamento

É sempre difícil a escolha dos convidados para uma festa de casamento. Tudo começa com os limites de espaço e de orçamento. Noivos têm seus valores, e podem preferir priorizar elementos como uma bela decoração, cardápios e bebidas elaborados, trajes sofisticados e o local ideal a um grande número de
convidados na recepção. Muita gente vem optando pelos “miniweddings”, para 30 convidados, para poder oferecer cardápio e bebidas de alta categoria para um pequeno grupo. Houve uma mãe de noiva que passou e-mails para amigas suas como afetiva participação: “Tive pena de não poder incluir algumas amigas
– como você – entre os convidados da festa de casamento de minha filha Fulana com Fulano de Tal, realizada essa semana em Porto Alegre…”

Solução bastante racional foi dada para o casamento de Bertha Veppo e Tomás Escosteguy Petter, realizado recentemente no Donna Jurerê Beach Club, à beira-mar, em Florianópolis. Os noivos quiseram convidar apenas pessoas da geração de seus pais que eles efetivamente conheciam, com suas famílias. Lembraram os “tios”, cujas casas frequentaram desde crianças. Daí os convites dirigidos a “Fulano de Tal e família”. Ao confirmar presença, era só dizer o número de pessoas incluídas nessas famílias. Ao todo, foram 234
convidados.

A festa de casamento, organizada por Lica Paludo, foi num sábado, mas os convidados começaram a chegar quarta-feira à tarde, recebendo manifestações de alegria: todos se conheciam. Na festa, só os mais velhos
tinham lugar marcado. Os jovens, após a cerimonia, acabaram na praia. Mais um detalhe: as avós da noiva levaram as alianças.

 

Célia Ribeiro - foto Jonas Adriano

Sinônimo de elegância e cultura, Celia Ribeiro surpreendeu e emocionou seus leitores ao anunciar a aposentadoria aos 86 anos, 60 deles dedicados ao jornalismo. Depois de cursar Filosofia e integrar o Clube de Teatro da UFRGS, ela começou sua carreira assinando críticas de teatro para o jornal A Hora, onde conheceu o marido, o também jornalista Lauro Schirmer, falecido em 2009. Versátil, passou pelas rádios Guaíba e Gaúcha, pelas revistas do Globo e Cláudia, e foi uma das pioneiras da televisão no Estado, com atuação nas TVs Piratini e Gaúcha.

Em Zero Hora, onde começou a trabalhar nos anos 1970, exerceu as funções de repórter, editora, blogueira — e colunista da revista Donna. Compartilhou o conhecimento sobre boas maneiras em uma série de livros, como Etiqueta na Prática e Etiqueta de Bolso, e também dedicou-se a retratar figuras históricas, como na biografia Fernando Gomes. Para além do jornalismo, é lembrada por gerações de debutantes que assistiram a suas aulas de etiqueta.